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Antes do The Town, Badauí relembra 30 anos do CPM 22: 'Não recebi críticas, recebi hate'

Badauí fala sobre críticas à sua forma de cantar: 'Não recebi críticas, recebi hate' O show do CPM 22 no The Town no domingo (7) do festival paulistano ser...

Antes do The Town, Badauí relembra  30 anos do CPM 22: 'Não recebi críticas, recebi hate'
Antes do The Town, Badauí relembra 30 anos do CPM 22: 'Não recebi críticas, recebi hate' (Foto: Reprodução)

Badauí fala sobre críticas à sua forma de cantar: 'Não recebi críticas, recebi hate' O show do CPM 22 no The Town no domingo (7) do festival paulistano será só uma parte do que eles apresentam na turnê que celebra os 30 anos da banda, um dos grandes nomes do hardcore melódico no Brasil. No início dos anos 2000, a banda paulistana chegou às paradas das rádios com músicas como "Tarde de outubro", "Não Sei Viver Sem Ter Você" e "Um Minuto para o Fim do Mundo". Mesmo com o sucesso, o grupo enfrentou críticas. "Não sou um exemplo de cantor, eu desafino, semitono. Mas não posso me acomodar. Mas dentro do ideal para o CPM, acho que atingi uma condição legal. Não foi fácil, estudei bastante. Eu não recebi críticas, recebi hate de jornalista", disse Badauí, vocalista da banda. Ele foi entrevistado ao vivo no g1 Ouviu, o podcast e videocast de música do g1, nesta sexta-feira (5), a partir das 11h30. A conversa ficará disponível em vídeo e podcast no g1, no YouTube, no TikTok e nas plataformas de áudio. LINE-UP: Veja a programação completa do The Town Para Badauí, as redes sociais ajudaram festivais como o The Town. "Essa ânsia de estar nos rolês levou os jovens para os lugares". Badauí, vocalista do CPM 22, participa do g1 Ouviu Fabio Tito/G1 O cantor de 49 anos começou o papo explicando como participar de festivais como o The Town ajuda a banda a conquistar novos públicos. "Um festival desses muda a vida de uma banda, desde que você não vá lá e faça besteira". Badauí disse que não se importa em incluir hits antigos no repertório. "No final, são todas músicas nossas, que a gente adora". Para Badauí, sua identidade vocal é muito "paulistana". "O rock dos anos 80, tinha uma forma de cantar como se fosse do Rio, mesmo não sendo. Eu tenho muito sotaque", explicou, acrescentando que ele carrega as gírias e maneirismos da zona oeste de São Paulo. Na entrevista, ele relembrou a distribuição de "demos", vendidas a R$ 2 para divulgar a banda no início. "Esse contexto do underground foi muito importante. Tanto que a gente nunca desligou da cena." "Quando alguém comprava um disco, todo mundo gravava o disco na fita e ficava ouvindo. Você sugava aquele disco até o fim, ouvia até os agradecimentos. Isso dá muito embasamento, conhecimento de música". Badauí, vocalista do CPM 22, participa do g1 Ouviu Fabio Tito/G1 Na conversa sobre o começo da banda, ele também relembrou a história de "Regina Let's Go", com letra baseada no fim de relacionamento com Roberta, uma ex-namorada dele, que tinha esse apelido. "A gente já conversou sobre isso, [e falou]: 'Que loucura'". Ele e Roberta ainda se conhecem e têm amigos em comum. Mas hoje ela não é chamada de Regina. No auge do sucesso, nos anos 2000, Badauí diz que se policiou muito para não se deslumbrar com a fama. "Eu tinha muita preocupação de ser visto como um idiota pela cena de onde eu vim". Ele falou que se acostumou com ser reconhecido na rua, mas nunca quis deixar de fazer as coisas. "É difícil, às vezes você tá comendo, vem alguém e fala: 'Ô mano, ô Tico Santa Cruz", brincou. "Mas faz parte". Badauí considera que a MTV Brasil foi "determinante" para o CPM 22 e para as bandas da nova geração. "Educava as pessoas, não só musicalmente, mas culturalmente. Com uma bandeira muito forte antipreconceito, antihomofobia". Para Badauí, ao longo do tempo, o CPM passou a ser mais "crítico" e punk rock. "Um artista não é só o que está nas letras. Ele é o que ele fala, numa entrevista como essa, você mostra como pensa. A forma crítica de ser um cara que ouve punk rock não é só através da música". Fernando Badauí, vocalista da banda CPM 22 Divulgação

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